Ciclo de Artigos Apresentações do “5th EFLM-UEMS European Joint Congress in Laboratory Medicine” 2018

  1. Laboratory Medicine – Challenges And Opportunities

Na sessão de abertura deste Congresso, o colega Michael Oellerich enfatiza que o laboratório clínico deve ter um papel mais ativo na participação como membro integral, de pleno direito que adiciona valor, nas equipas de saúde.

Por outro lado, com a implementação da inovação científica aplicada ao diagnóstico, desenvolvendo estratégias que adicionem mais-valia e uma melhoria no diagnóstico, ao mesmo tempo que deve liderar na forma como os testes devem ser usados gerando a Proposição de Valor. Ainda segundo este colega, o Laboratório Médico pode ser o motor da cooperação multidisciplinar que melhor promove a medicina personalizada.

Para este colega, desta forma, o laboratório clínico beneficia os pacientes e os sistemas de saúde nacionais, ao mudar o foco da “medicina reativa” para a “medicina preventiva”, promovendo a terapia dirigida (personalizada), reduzindo o “erro/tentativa” da prescrição, reduzindo as reações adversas e aumentando a eficácia na Saúde.

Fonte: “5th EFLM-UEMS European Joint Congress in Laboratory Medicine Laboratory Medicine at the Clinical Interface Antalya, Turkey, October 10-13, 2018 – Abstracts” Clin Chem Lab Med 2018; 56(11): eA203–eA359.

Os bioquímicos clínicos da Associação Nacional de Bioquímicos (LabGen-ANBIOQ), em conjunto com os Especialistas em Análises Clínicas da Ordem dos Biólogos (CBSH-OBIO), desenvolveram um conjunto de metodologias inovadoras, que desde 2011 estão a direcionar o laboratório clínico para os pacientes. Por exemplo, o laboratório clínico português consegue agora, com este conjunto de metodologias, efetuar a avaliação do impacto direto e personalizado dos doseamentos clássicos laboratoriais em cada paciente.

Através da publicação do documento de otimização dos programas de controlo interno dos laboratórios clínicos (link de acesso), a LabGen-ANBIOQ e o CBHS-OBIO criaram as condições para que em Portugal possamos calcular a incerteza de medição e como a podemos usar em conjunto com os dados de variabilidade biológica intraindividual para determinar qual a capacidade de deteção de alterações fisiopatológicas relevantes e personalizados a cada paciente.

Para além disso, este documento introduziu em Portugal as aplicações da variabilidade biológica, por exemplo, como saber qual o tipo de amostra biológica mais adequado para o menor risco de decisão clínica, quando dependente de uma magnitude biológica, na monitorização personalizada do paciente.

Escrito por:
Jorge Pinheiro
Coordenador da LabGen-ANBIOQ
Membro da Direção do CBHS-OBIO
Bioquimico Clínico – LabGen-ANBIOQ
Especialista em Análises Clínicas – CBHS-OBIO”

in- “Readings: Ciclo Artigos sobre as Apresentações do “5th EFLM-UEMS European Joint Congress in Laboratory Medicine 2018” – Numero 1 “Laboratory Medicine – Challenges And Opportunities” , Plataforma de Formaçao e Informação da ANBIOQ (https://formacao.anbioq.pt/) Comissão de Laboratorio Clínico e Genética Humana dos Bioquímicos Clínicos da Associação Nacional de Bioquímicos.